Para retratar com modernidade o cenário histórico da Vila do Porto de Santos no final do século XIX, nada mais atual do que utilizar técnicas de Inteligência Artificial. A idéia partiu de alunos de Engenharia de Computação da Universidade Santa Cecília (Unisanta) que desenvolveram um projeto especial para a maquete da Vila do Porto de Santos, em exposição no Outeiro de Santa Catarina, no centro histórico da cidade.
Depois de quase um ano de trabalho e pesquisas dos alunos Guilherme Marques, Sergio Gmurczik de Mello, Danilo dos Santos e Daniel Correia Leite, a maquete ganhou sincronização de vídeo e áudio com notas explicativas dos principais prédios. Além disso, um sistema de luzes destaca cada ponto histórico, conforme a narração. A orientação foi dos professores Dorotéa Vilanova Garcia e João Inácio da Silva Filho, também autor da maquete.
Funcionamento – O sistema possui um software elaborado em linguagem Visual Basic e que utiliza técnica relacionada à Inteligência Artificial, com dispositivos de tecnologias recentes de microeletrônica e software. Os efeitos de luzes são distribuídos através de diodos do tipo PARLEDS36 e protocolos seriais com sinais de informações que acionam canais relacionados a efeitos de cores e diferentes intensidades de luzes, passando por um cabo único. Isso proporciona diversos cenários à maquete.
O software envia sinais sincronizados para acendimentos de 25 canhões LEDs instalados sobre a maquete. O sincronismo dos efeitos especiais de luzes, sons e vídeo é obtido através de um protocolo especial denominado de DMX 512 e uma interface USB MegaDMX ligada à saída USB.
O projeto completo também envolveu historiadores da Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), técnicos de Iluminação da Prefeitura Municipal de Santos e da Secretaria de Comunicação Social.
De acordo com o professor João Inácio da Silva Filho, “o projeto proporciona um verdadeiro show, aguçando ainda mais o interesse das crianças e demais visitantes sobre a história da cidade de Santos”. Também apresenta cunho de responsabilidade social, acrescenta, pois torna menos cansativa a tarefa dos historiadores da Fundação, melhorando a qualidade do atendimento ao público que visita o Outeiro de Santa Catarina.
Sobre a maquete – A maquete é feita de madeira e resina, medindo cerca de 6 metros quadrados. Foi doada pelo seu autor, o professor Silva Filho, à Fundação Arquivo e Memória de Santos, em 2006, sendo utilizada como ferramenta didática para exposição sobre a história de Santos.