O Veículo Aéreo Não Tripulado sobrevoou a praia do José Menino, em Santos.

Alunos e docentes do Grupo de Pesquisa em Engenharia Aplicada (GPEA) da Universidade Santa Cecília, em parceria com a Albatroz Brasil Drones e o InovFabLab da Unisanta, testaram, no dia 26/03,  o avião construído pela equipe na instituição.

De acordo com a professora de Engenharia, Sabrina Martinez, os Veículos Aéreos Não Tripulados – VANTs (aviões e drones) fazem parte das linhas de pesquisas do GPEA e possibilitam o contato dos alunos com essa nova tecnologia.

A pesquisa e a confecção da aeronave foram realizadas pelos estudantes dos cursos de Engenharia Thais Lima, Vitória Kussaba, Gabriel Gomes, Guilherme Rocha, Henrique Compagnoli, Victor Moraes e Gabriel Nacano, com a orientação do pesquisador Floriano Peixoto, do coordenador do curso, Luis Fernando Ferrara e dos professores Sabrina Martinez e Tatiani Sabaris.

O avião tem dois metros de envergadura e foi construído com espuma de poliestireno, fibra de vidro, peças feitas na impressora 3D (PLA) e filme automotivo. Esse processo construtivo resulta em uma aeronave resistente e de baixo peso. A motorização é elétrica e utiliza bateria de Lítium Polímero com excelente relação peso/capacidade de carga.

“Temos a destacar a aerodinâmica avançada da aeronave. Com seus dois metros de envergadura, ela tem uma excelente relação sustentação/arrasto, necessitando de pouca energia para se manter voando. Utiliza asas com as pontas viradas para a frente do avião, o que elimina o arrasto induzido, aumentando sua velocidade de voo e sustentação. Também previne o estol, perda de sustentação em baixa velocidade e alto ângulo de ataque, sendo uma aeronave fácil e segura de se pilotar”, explica Peixoto.

Na segunda etapa do projeto,  o avião receberá um sistema computadorizado de controle de voo, passando a ter estabilidade automática e capacidade de realizar voos autônomos, da decolagem ao pouso, em rotas pré-estabelecidas.

“O avião voará sem a necessidade de receber comandos de uma pessoa, porém esta capacidade não elimina a necessidade de um piloto por segurança e exigência da legislação. Um piloto acompanhará todos os voos autônomos e terá capacidade de intervir a qualquer momento, passando a pilotar a aeronave manualmente, auxiliado por informações recebidas na tela do computador e de uma câmera de vídeo instalada no avião, transmitindo em tempo real para a estação de solo”, diz o pesquisador.

“O intuito dessa primeira etapa era colocar o aluno em contato com essa tecnologia, que, apesar de ser cada dia mais difundida, ainda não faz parte do cotidiano acadêmico. A próxima etapa da pesquisa está relacionada ao estudo da melhoria das placas e softwares de controle, além do aprimoramento do perfil e desempenho da aeronave”, afirma a profa. Sabrina Martinez

Em breve será aberto o processo seletivo para novos integrantes, que irão trabalhar com os alunos que já fazem parte do grupo.