Trocar os dormentes de madeira da malha férrea do porto de Santos por dormentes poliméricos, de plástico reciclado, foi a proposta dos alunos de Engenharia Civil da Universidade Santa Cecília (Unisanta), apresentada em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sob a orientação do professor Aureo Pasqualeto Figueiredo, da direção de Engenharia.

A sugestão foi publicada  em uma página inteira do jornal A Tribuna, com o titulo  “Uma opção sustentável para a malha ferroviária do Porto”, na folha C-3, nesta sexta feira (7/10), no Caderno Porto e Mar.

Integraram o grupo Genivaldo Ferreira de Lima, que atuou como supervisor de manutenção ferroviária do Porto até se aposentar, Fabiana Cristina Bersi Mozaner, Alexandro Franco e Alessandra Nunes Silva. Tradicionalmente, dormentes colocados transversalmente à malha férrea, onde são instalados os trilhos, são feitos de metais, madeiras ou concreto.

Embora de maior custo, a utilização de polímeros nos dormentes é considerada alternativa sustentável e de alcance social, pois beneficiaria as cooperativas de catadores, que recolhem lixo para reciclar.

Os dormentes ferroviários são peças colocadas transversalmente à via férrea, onde são instalados os trilhos. Normalmente, eles são feitos de metais, madeira ou concreto.  “Como o dormente é um elemento estrutural que serve como apoio dos trilhos e para a transmissão da carga para o solo e é um material muito utilizado, vimos a importância desse elemento para o nosso trabalho de engenharia”, explica Genivaldo,  que atuou como supervisor de manutenção ferroviária no Porto até se a aposentar.

Como parte do TCC, os alunos buscaram alternativa sustentável para o material. “Minha experiência profissional foi toda em ferrovia e me deu curiosidade em relação ao material. Como utilizávamos muito os dormentes de madeira,  ficou um questionamento, já que eles são oferecidos pela natureza. Um dormente é de material muito denso e a qualidade dele depende muito da qualidade da madeira. Por isso, eram usadas as madeiras de lei”, destaca o aluno.

Para encontrar uma opção à madeira, o grupo entrou em contato com várias fabricas de reciclagem e verificou a possibilidade de elas fabricarem dormentes poliméricos. Após os testes, foram constatados que as peças de madeira podem ser facilmente substituídas pelas recicladas.