BDC Tecnologia: Agentes de Inteligência Artificial ganham espaço e apontam novos caminhos para o mercado de trabalho

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Durante entrevista ao Bom Dia Cidades, do Jornal Santa Cecília, o coordenador do curso de Inteligência Artificial da Universidade Santa Cecília (Unisanta), professor Luiz Fernando Bueno Mauá, explicou de forma didática como os agentes de inteligência artificial estão transformando a relação das pessoas com a tecnologia e abrindo novas oportunidades profissionais, inclusive na Baixada Santista.

Na conversa, o professor destacou que os agentes de inteligência artificial são diferentes dos chatbots tradicionais. Segundo ele, enquanto os chatbots funcionam de maneira programada e estática, apenas respondendo a comandos previamente definidos, os agentes são capazes de agir de forma inteligente e autônoma, executando tarefas completas a partir de objetivos estabelecidos pelo usuário.

Para ilustrar, Mauá citou exemplos do uso de um agente pessoal em sua rotina. Ele explicou que o sistema pode atuar como um verdadeiro secretário virtual, realizando pesquisas, comparando preços e organizando informações de acordo com critérios específicos. “O agente faz a tarefa inteira. Ele pesquisa, filtra opções e entrega soluções prontas, de acordo com o que foi solicitado”, comentou durante a entrevista.

O professor também destacou que essa tecnologia tende a se popularizar rapidamente. De acordo com ele, em breve será comum que as pessoas tenham seus próprios agentes pessoais para auxiliar tanto em tarefas do dia a dia quanto em decisões mais complexas, como planejamento de viagens, eventos ou compras.

Questionado sobre o impacto dos agentes de inteligência artificial no mercado de trabalho, Mauá tranquilizou os ouvintes ao afirmar que a tecnologia não deve substituir profissionais, mas sim atuar de forma colaborativa. Ele explicou que os agentes ajudam a otimizar processos, economizar tempo e aumentar a produtividade, enquanto a decisão final continua sendo humana.

Como exemplo, o professor citou a área jurídica, na qual um agente pode auxiliar advogados ao resumir processos e laudos, facilitando a análise dos casos. “O agente entrega uma resposta estruturada, mas o parecer final é sempre do profissional”, reforçou. Ele também mencionou o setor comercial, em que agentes podem identificar potenciais clientes de forma automática, antecipando oportunidades de negócio.

Outro ponto abordado foi o surgimento de novas carreiras ligadas à criação e ao treinamento desses agentes. Mauá destacou que a engenharia de prompt é uma das áreas em expansão e já faz parte da formação oferecida pela Unisanta. Segundo ele, o desenvolvimento de agentes exige conhecimento técnico, linguagem de programação específica e treinamento contínuo dos sistemas, que aprendem a partir das preferências e necessidades do usuário.

Durante a entrevista, o professor também falou sobre o curso de Inteligência Artificial da Unisanta, lançado recentemente. Com duração de dois anos, a graduação conta com uma grade completa que abrange machine learning, ferramentas atuais do mercado e aplicações práticas em diversos setores, como área portuária, advocacia, saúde e análise de imagens. O objetivo é formar profissionais capacitados para desenvolver soluções inovadoras e atender às demandas crescentes do mercado.

Para Mauá, os agentes de inteligência artificial representam um avanço significativo na forma como as pessoas trabalham e gerenciam o tempo. Ele ressaltou que a tecnologia veio para facilitar a rotina, ampliar possibilidades profissionais e criar um novo cenário de oportunidades para quem busca se especializar na área.

A Unisanta é referência em inovação e formação tecnológica na região, preparando profissionais para um futuro cada vez mais conectado e inteligente.

Confira a entrevista na íntegra, clique aqui.