Alunos de Ciências Biológicas da Unisanta  com bolsas de Iniciação à Docência, obtiveram 68% de melhoras no aprendizado de crianças, após experimentos em classe. O COBRIC é promovido pela Universidade.

Levar água, terra, pedras e vegetação para a sala de aula, e mostrar aos alunos como se provoca e se evita erosão do solo foi um dos recursos didáticos utilizados  pelos acadêmicos de Ciências Biológicas da Universidade Santa C ecília, vencedores do prêmio do Congresso Brasileiro de Iniciação Científica – COBRIC 2015, na categoria Ciências Humanas.

Outro tema trabalhado pelos alunos foi o papel dos insetos detritívoros, os que se alimentam de matérias mortas, detritos  e, assim, “limpam” o meio ambiente, impedindo a proliferação de excesso de formigas, moscas e bactérias. Eles foram orientados pelo professor Jorge Luís dos Santos, coordenador  do Curso de Biologia da Universidade Santa Cecília (Unisanta).

As crianças da Unidade Municipal de Ensino (UME) Lourdes Ortiz, que participaram da experiência, mostraram uma melhora de 64% nos relatórios que mediram o aprendizado, em relação ao que aprenderam nas aulas teóricas, antes dos experimentos, segundo os futuros biólogos.  “Assim,  pode-se observar a importância de recursos práticos em aula de ciência como alternativas às técnicas professor-livro” , afirma Gabriel Goulart Silva, um dos acadêmicos envolvidos no projeto.

Na abordagem sobre erosão,  os alunos da Unisanta falaram sobre a coesão da terra, o “empacotamento” de solo causado pelas raízes e a distribuição de impacto da chuva por conta da cobertura vegetal que impede a fragilidade do solo. Citaram casos reais de deslizamentos.

Utilizaram três garrafas pet na experiência.  “Fizemos um recorte em tira em cada uma e preenchemos com terra preta. Em uma colocamos sedimentos soltos, como pedras, gravetos e folhas, em outra haviam sido cultivadas sementes de alpiste para crescimento rápido de vegetação. Na última,  deixamos só o solo”.

Após a vegetação estar fixada, as garrafas foram deixadas na horizontal e receberam água aos poucos. As crianças observaram que onde havia vegetação a água escorria mais limpa, sem carregar sedimentos, sem causar erosão.

Insetos úteis

No tema de fauna edáfica (detritívoros), a aula teórica foi sobre o ciclo de vida, importância ecológica e adaptações naturais para o habitat e função desses insetos “limpadores”. Na aula prática foram levados para a classe tatuzinho de jardim, formigas, baratas de jardim, paquinhas e minhocas, em um bolo de terra preta. As crianças  aprenderam sobre a vida prática dos insetos e obervaram, com lupa e microscópio, as estruturas anatômicas dos animais.

“Os decompositores ajudam no aceleramento do processo de degradação da matéria morta, inclusive das excretas dos detritívoros e demais organismos, propiciando a reciclagem de nutrientes, que serão utilizados pelas plantas e pelos demais organismos da cadeia alimentar”, afirma Gabriel.

Participaram do grupo os acadêmicos Gustavo Koerich, Mariana  Hoff Duque, Marcus Lundin e Raphaela dos Santos Gonçalves.

Avaliação


Durante o ano letivo,  os alunos  seguiram o cronograma previsto para os UME’s, neste caso específico,  para os temas escolhidos. Analisaram os relatórios dos alunos após as aulas teóricas e as práticas, classificando-os em Conhece, Desconhece e depois,  Houve Melhora e Não Houve Melhora. No final, concluíram que a melhoria na aprendizagem foi de 68º, graças aos experimentos.

O programa PIBID, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência  disponibiliza uma bolsa de R$ 400,00 (quatrocentos) reais para estudantes de licenciatura, com o objetivo de proporcionar um maior contato entre os licenciandos, escolas e alunos, no âmbito da educação e da didática. Atua de forma análoga ao PIBIC, que tem como foco a experiência científica, mas,  nesse caso, o PIBID favorece a experiência do futuro professor.

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