A Universidade Santa Cecília (UNISANTA) foi selecionada para integrar um seleto grupo de dez instituições nacionais e internacionais que participarão do Projeto EcoManage – Sistema Integrado de Administração Ecológica de Zona Costeira, com apoio da União Européia (UE), que investirá 1,4 milhões de euros em pesquisas a serem desenvolvidas em três ecossistemas litorâneos da América do Sul.
O projeto da UNISANTA foi selecionado dentre muitos outros enviado à UE por países de todo o mundo. No Brasil, apenas a UNISANTA e o Instituto Oceanográfico da USP participam do projeto, que inclui ainda em Portugal: o Instituto Superior Técnico de Lisboa – IST, a Hidromod – Engenharia e Modelação Ltda e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil; a Universidade de Trieste, na Itália; a Noctiluca Marien, da Holanda; o Instituto Argentino de Oceanografia – IADO, da Argentina; a Universidade do Chile e o Centro de Ecologia Aplicada, ambos do Chile.
A excelência das pesquisas científicas desenvolvidas pela UNISANTA, como a Modelagem Hidrodinâmica, numa parceria de mais de dez anos com o IST de Lisboa, além da alta tecnologia de seus laboratórios com certificação internacional, foram decisivos na escolha do projeto da UNISANTA e do Estuário de Santos, como uma das três áreas a serem pesquisadas. As outras são o Estuário da Baía Blanca, na Argentina, e o Fjord de Aisen – região costeira dos Andes, no Chile. Todos os países envolvidos atuarão nas três regiões, que abrigam importantes atividades econômicas.
A primeira reunião com todos os representantes das instituições nacionais e internacionais do EcoMange será no Brasil, no início de 2005, na UNISANTA.
Pesquisa – O EcoManage tem por objetivo desenvolver um sistema de gerenciamento integrado para zonas costeiras. Para tanto, serão utilizados modelos matemáticos avançados, alguns já aplicados no Estuário de Santos pela UNISANTA em parceria com o IST, além das ferramentas mais recentes em tecnologia de informação. Dessa forma, pretende-se controlar os resultados obtidos nos modelos, com o auxílio de imagens de satélites ambientais e estudos já realizados nos locais de pesquisa.
O professor da Faculdade de Engenharia da UNISANTA, Gilberto Berzin, explica que “o sistema físico-ecológico e socioeconômico será suportado por dados de campo e pelo modelo matemático que descreverá processos do ecossistema, podendo prever seu comportamento sob diversos cenários de diferentes pressões socioeconômicas”.
Conforme Berzin, um sistema denominado SDSS – Spatial Decision Support System – integrará todas as informações e fornecerá resultados valiosos para a tomada de decisões tanto pelo poder público e privado, como por entidades ambientais e pesquisadores. “Dessa forma, teremos diretrizes para a restauração e desenvolvimento sustentável desses ecossistemas, com tecnologias similares às recomendadas pela União Européia”, conclui o pesquisador