O aplicativo, desenvolvido pelos engenheiros civis, está incubado no Parque Tecnológico de Santos. A ideia é expandi-lo para outras cidades do País.
Os engenheiros civis Lucas Rosolini, George de Souza Junior e Kelvyn de Souza criaram um aplicativo que pode mapear os tipos de solos existentes na cidade de Santos. O projeto, apresentado em junho de 2016 como Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil da Universidade Santa Cecília, foi escolhido para ser incubado na Fundação Parque Tecnológico da região, e teve como orientador o prof. Me. Pedro Manuel Mascarenhas de Menezes Marcão.
A incubação foi destaque em matéria da página A-3, do jornal A Tribuna desta segunda-feira (29/4), com o título “Projetos que nascem e crescem”. O texto ressalta que a ideia dos autores é expandir o aplicativo para outras cidades da região e, depois, para o restante do país. A principal beneficiada pelo projeto será a indústria da construção civil, pois saberá com muito mais precisão em qual tipo de terreno estará erguendo um imóvel. Segundo o aplicativo, o projeto poderá baratear o custo da construção civil.
“Se o solo é muito mole, você precisa ter pés maiores para não afundar. A largura e o comprimento da fundação acabam encarecendo a obra”, explica Kelvyn. Ele acrescenta que o projeto ajudará as construtoras na sondagem do terreno, que realizam um furo no solo para saber o que há sob a terra. “A pessoa ainda terá que fazer a sondagem, porque isso é norma. Mas ela terá um conhecimento ampliado entre os pontos de sondagem”. Sem o estudo prévio sobre o terreno, poderão surgir surpresas indesejadas elevando os custos.
Com esse novo método de estudo, os resultados serão cadastrados e ficarão disponíveis em um sistema on-line e, ‘com a ação de engenheiros, parte do valor arrecadado seja revertido para quem postou a sondagem’.
Trabalho de Conclusão de Curso – A ideia do projeto foi desenvolvida pelos engenheiros ainda na época da faculdade como um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do grupo, apresentado em junho de 2016. Com o tema “Aplicativo de Processo de Dados de Sondagens”, o trabalho teve a orientação do prof. Me. Pedro Manuel Mascarenhas de Menezes Marcão e coorientação dos professores Me. Orlando Carlos Batista Damin e Me. Sandro Roberto Menegatti.
Após a aprovação, o grupo resolveu incubar o projeto na Fundação Parque Tecnológico de Santos (FPTS). No entanto, todo projeto precisa, antes, passar por avaliação. Representantes do Sebrae, de universidades, Associação Comercial de Santos, Prefeitura e FPTS participam da banca examinadora.
Segundo a matéria, no primeiro ano, a empresa incubada paga R$ 200,00 mensais à Prefeitura. No segundo ano, R$ 400,00 e, no último, R$ 600,00 por mês. Com esse valor, a empresa tem direito a uma sala com ar-condicionado, endereço, CNPJ, isenção de taxa de licença, IPTU e ISS. Além de convênio com universidades para promover treinamento como empreender.
O grupo possui outra empresa de engenharia civil para pagar as taxas enquanto desenvolve o projeto e sobreviver financeiramente. Essa empresa faz serviços de obra e reforma.
“A gente chegou praticamente só com o núcleo do software, a parte matemática, em que o cliente vai mexer, além da parte de inteligência artificial. Aqui a gente está desenvolvendo toda a parte mercadológica, externa, em que o cliente vai mexer, e a parte de inteligência artificial”, explica Kelvyn. O aplicativo estará no mercado em poucos meses.