Durante a palestra, o coordenador do Curso de Farmácia, Walber Toma, mostrou o uso correto no preparo de chás.

Pessoas interessadas nos benefícios que as plantas podem trazer para a saúde tiveram a oportunidade de participar, nesta quarta-feira (28/3), da oficina de plantas medicinais, conduzida pelo professor Walber Toma, coordenador do curso de Farmácia da Universidade Santa Cecília (Unisanta).

“A oficina é um projeto que foi pensado nas reuniões do curso de Farmácia com os professores. Então,  como temos a Farmácia Universitária, a ideia é transformá-la em um grande projeto social”, comenta Walber Toma.

O professor explicou sobre os compostos químicos que as plantas produzem para sua sobrevivência, mas que,  processadas,  pode nos fazer bem. A camomila, por exemplo, pode tratar de vários sintomas, como dores e pode servir como calmante.  As plantas são utilizadas em dois tipos de métodos: na Fitoterapia e na Homeopatia.

No primeiro, são utilizadas plantas que contêm vários compostos químicos, como xaropes, que promovem o efeito terapêutico. Já no segundo, as plantas ao final não têm composto químico nem o processo de produção. ”Na homeopatia, quanto mais diluída, mais energia do produto eu consigo”,  diz o coordenador.

Cuidados

Tópicos como a época, a estação e onde a planta foi colhida têm que ser observados porque pode haver diferenças no resultado final do processo. “A natureza não pode ser copiada, isso é um desespero para a indústria farmacêutica”. Outro ponto que o professor citou, foi no cuidado com a temperatura em que a planta é exposta, que não pode passar de 45°C para não estragar os compostos químicos.

Walber Toma explica ainda que os chás que as pessoas costumam usar em casa são consideradas drogas vegetais pela indústria farmacêutica, porém no SUS, algumas plantas podem ser recomendadas pelos médicos, como hortelã, babosa e alcachofra. É recomendável no ato de comprar a planta  pedir para separar as quantidades para depois pesar e verificar se é a quantidade que será utilizada no chá”, alerta. Normalmente, essa quantidade  é de três gramas da planta  para 150ml de água.

A dona de casa Lucimara de Barros, de 58 anos, uma das presentes na oficina, disse  que gosta de ir a essas palestras para entender melhor os cuidados que se deve ter ao utilizar as plantas. “Eu gosto de aprender, a gente tem que estar cada vez entendendo o que você pode aproveitar da natureza, então o estudo científico é muito importante porque nós temos base para saber fazer”.

Marcele Glendas, do primeiro ano de  Farmácia, comenta que as oficinas são  uma forma de viver na prática o que aprendem em sala de aula e entender a diferença dos produtos da indústria e os caseiros. “Na medicina popular as pessoas têm uma visão diferente. É importante a gente comparar as duas visões. É uma troca de informações”.

Segundo, o coordenador Walber Toma, essa é a primeira oficina, mas  haverá outras ao longo do ano. “ A oficina de plantas vai ser rotina, nós teremos outras atividades como oficinas para diabéticos, hipertensos, para portadores de gastrite, sempre com o intuito de orientar a população”,  finaliza.