FONTE: COB e Assecom
Na categoria masculina, entre 15 e 17 anos, Matheus Santana, do Colégio Santista, conquistou o bicampeonato, a medalha de ouro e quebrou recorde entre os meninos nos 50 m estilo livre, na sexta-feira (9/11), nos Jogos Escolares da Juventude, que estão sendo realizados na Universidade do Estado do Pará. Os Jogos terminaram neste domingo (10/11).
Com os tempos de 23s20, na classificatória, e 23s14, na final, o nadador bateu o próprio recorde da competição conquistado em Cuiabá 2012, que era de 23s21. Agora, ele pensa nos Jogos Olímpicos.
“Meu desejo é competir nos Jogos Olímpicos. O planejamento e o treino são voltados para ser campeão pelo Brasil no Rio de Janeiro, em 2016”, disse Matheus, que é do Rio, mas mora em Santos há um ano e vê nos Jogos Escolares uma ótima oportunidade de evoluir no esporte.
“Essa competição é um incentivo, ela vem crescendo muito a cada ano. É ótimo competir ao lado de amigos com um nível tão forte”, completou.
Nas piscinas há mais de uma década, Matheus Santana, 17 anos, começou no esporte por complicações respiratórias. Após passar um período impossibilitado de nadar, ele voltou a competir e, agora, no primeiro torneio, conquistou o bicampeonato dos Jogos Escolares.
“Não pude ir ao último Mundial da categoria por sérios problemas de saúde. Passei um tempo me recuperando e contei com o grande apoio de meus pais, Israel de Santana e Maria das Graças. Nesse retorno, dedico a medalha a eles, que sempre me deram total apoio”, declarou Matheus.
Aluno do Colégio Santa Cecília, Matheus Santana tem apenas 17 anos e já é visto pela mídia nacional como promessa para as Olimpíadas de 2016, por seus últimos resultados e também por ter ultrapassado marcas do campeão olímpico Cesar Cielo, em provas do Juvenil realizadas no Brasil.
Últimas conquistas
Em maio último, Matheus bateu os recordes de Cielo nos
100m livre, categoria júnior, nos 100m livre e também nos 50m livre, na categoria juvenil, durante a disputa pelo Trófeu Tancredo Neves, durante o Campeonato Brasileiro de Inverno, no Clube Curitibano, em Curitiba,
Matheus fez o tempo de 50s43 nos 100m livre e derrubou marca de Cielo que vinha desde 2004: 50s81. no juvenil, que era 23s29, sendo 11 centésimos mais rápido: 23s18, no Trófeu Chico Piscina, em 2012. A marca do campeão olímpico vinha desde 2003.
No último Troféu José Finkel, realizado em agosto de 2013, em São Paulo, ele fez bronze no revezamento dos 4X50m livre. Matheus já havia conseguido índice para o 4º Mundial de Dubai, que disputará entre os dias 26 a 31/8.
No Campeonato Sul-Americano Juvenil de Esportes Aquáticos, no Chile, em março de 2013, Matheus ganhou três medalhas de ouro, nos 100 m livre, no revezamento 4 x 100 m livre e na outra na prova que levou a seleção brasileira a quebrar o recorde de campeonato, a do revezamento 4x100m medley (juv. B), com 3m46s57. Ainda no Chile, ele conquistou o bronze nos 50m livre (juv. B).
Outra conquista mundial foi o Multinations, em abril, em Kiev, na Ucrania. Matheus foi o segundo com 52:01 nos 4 X 100 livre masculino, ao lado de Gabriel Santos 51:38, Bruno Gurian 52:65 e Luiz Altamir 51:85, 3:27:89.
No Torneio Multinations de Corfu, na Grécia, Matheus quebrou o recorde do 100m livre, com o tempo de 51’63”, desbancando a marca de um polonês, de 2009.
Matheus Santana começou a praticar o esporte aos cinco anos por recomendação médica, a fim de aliviar a congestão nasal que aparecia em certas épocas do tempo. Aos oito, o menino descobriu ser diabético, depois de sentir tonturas durantes os treinos e quase desmaiar. A diabetes não é mais problema, desde que passou a receber quatro aplicações diárias de insulina e uma visita ao Hospital Geral de Bonsucesso, a cada três meses, para exames.
A comparação com Cielo não o impressiona. Acha que deve se concentrar primeiro no seu trabalho “para depois chegar onde ele (Cielo) chegou, quem sabe até ir além”. Desde março de 2013 ele defende a Unisanta. Veio do Botafogo para o Santa Cecília, em busca de infraestrutura, um bom treinador (Márcio Latuf) e de tranquilidade para os treinos, o que encontrou. Pesaram na escolha da cidade também a influência da namorada, a nadadora Flávia Ribeiro, irmã do amigo Felipe Ribeiro, também campeão. Tudo isso, e também porque “Santos é parecida com o Rio de Janeiro