Paulo Roberto Bartolo já formou 1800 alunos em 37 anos de ensino na Unisanta e tem conquistado diversos títulos para suas equipes e o País. No dia 12 de dezembro, ele entregou faixas para crianças e adultos de sua 81ª turma, entusiasmada com os benefícios do esporte.
Um senhor de 75 anos e crianças a partir de cinco anos estão entre os alunos do técnico de karate Paulo Roberto Bartolo, da Universidade Santa Cecília (Unisanta).
Professor de pós-graduação de Karate-Do e técnico das seleções brasileira e paulista, o engenheiro civil Bartolo é conhecido como mestre carismático, que transmite aos alunos todo o fascínio e a eficiência dessa arte marcial. Eficiência que pode ser comprovada em depoimentos de sua 81ª turma, assim como pelos títulos que sua equipe Resistência/Unisanta tem conquistado.
As últimas vitórias da equipe da Unisanta foram: campeã universitária e campeã brasileira da Copa São Paulo de Karate, em 2015. Nessa última competição, sob o comando de Bartolo, os karatecas conquistaram 15 medalhas de ouro, mais que o dobro do segundo colocado (Projeto Mc Kan, oito medalhas), entre 115 associações participantes de seis estados, em outubro, em São Paulo.
Com vários livros publicados em nível de pós-graduação, Bartolo participou de congressos e foi técnico campeão no Brasil, nos Estados Unidos e em países europeus e da América Latina, representando a seleção brasileira. Acima de tudo, ele é um grande disseminador do esporte.
Disciplina, caráter
“Karate-Do é, sobretudo, uma arte marcial que põe à prova o caráter, a personalidade, a alma e o organismo de quem o pratica, fazendo com que uma luta interna exista no praticante, levando-o a desafiar e vencer a si mesmo”, explica o professor.
“O verdadeiro propósito do Karate-Do é treinar de tal forma que possibilite ao praticante viver de maneira agradável e digna, sem criar problemas aos outros, sem temer o forte ou o poderoso, sem se humilhar frente ao homem de influência e sem se tornar cego pelas riquezas terrestres que são passageiras”, acrescenta Bartolo.
Depoimentos
Na formatura de sua 81ª turma, seus alunos, independentemente da idade ou do estilo de vida, mostraram o mesmo entusiasmo pela prática dessa arte marcial antiga que, como esporte, tem uma história recente. A partir da década de 70, foram criadas regras de competição e hoje o Karate-Do tenta ganhar status olímpico.
Eis alguns depoimentos dos alunos de Bartolo que receberam novas faixas em dezembro de 2015.
“Comecei a praticar o karate como esporte, há sete anos. Virou meu estilo de vida. Aplico seus ensinamentos no meu dia a dia”. Lucas de Sá Gonçalves, estudante de Engenharia Mecânica (terceiro semestre). Faixa preta.
“Para mim é um esporte competitivo, que faço com prazer”. Matheus Moslaves Bortolomasi, 12 anos, vice-campeão brasileiro na categoria 10/11 anos até 45 quilos. Aluno do Colégio Santa Cecília desde os dois anos de idade, passou para o 8º ano. Faixa roxa.
“É um esporte de alta disciplina, que fortalece o caráter, impõe respeito e pode ajudar na defesa pessoal”. Lorenzo Prieto, vice-campeão paulista na categoria 35/40 quilos – 11/12 anos. Aluno do Colégio Santa Cecília, desde o maternal, está no 8º ano. Faixa roxa.
“Como ensina o mestre, no karate a técnica é maior do que a força, e o espírito é maior do que a técnica. Praticando esse esporte, as mulheres têm mais segurança”. Letícia Carlquist, campeã paulista e campeã da 3ª Zonal Brasileira. Faixa roxa.
“O karate traz disciplina e emagrece. Comecei a praticar quando tinha de sete para oito anos de idade”. Lucas Mendonça do Nascimento, 7º ano do Ensino Fundamental, desde o primeiro ano no Colégio Santa Cecília. Faixa roxa.
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“Sou marinheiro e, por causa de minha profissão, ficou muito difícil praticar esportes ou artes marciais nos últimos 12 anos. Comecei no karate há um ano. É um esporte que fortalece a disciplina, o caráter, o amor entre os familiares e a amizade”. Fabiano Soares Souza, 39 anos. Faixa amarela.
Outros alunos que receberam novas faixas no dia 12/12:
Rosana Politano (faixa preta);
Lucas Barros e Armando Ferreira (faixa roxa);
Gabriel Arias e Raphaella Arias (faixa verde);
Luciano Mendes (faixa laranja);
Celso Migués, Arthur Lima e Bruno Salazar (faixa vermelha);
Henrique Turco e Rafaela Cipriano (faixa amarela);
Bruno Pacheco, Tomas Pereira, Antonio Ebling, Otávio, Daniel La-Cava e Isac La-Cava (faixa azul).
Para receber a faixa nova, o atleta precisa desatá-la e, se não conegue, os outros ajudam. “O aluno tem que vencer seus medos e arrebentar a faixa que vem amarrada com barbante. Aqueles que não conseguem são ajudados pelos faixas pretas ou parceiros de treinos mostrando que, no caminho do Karate-Do, ele não está sozinho”.
Inscrições
Sobre a melhor idade para se praticar o esporte, Paulo Bartolo afirma: “A famosa frase que a idade está na cabeça tem valia no Karate-Do. Estudos recentes comprovam que o Karate-Do não só melhora o preparo físico, como também previne alguns tipos de doença”.
“Quanto ao início da prática, se dá aos 5 anos, mais ou menos, dependendo do desenvolvimento psicomotor da criança e sua capacidade de interação ao grupo”.
Técnico campeão
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Paulo Roberto Bartolo Filho nasceu em 8 de agosto de 1959, em Santos (SP). É Engenheiro Civil formado na Unisanta, professor de Educação Física e de Pós-Graduação. Especializado em Treinamento Desportivo e Pós-Graduado em Karate – Metodologia de Treinamento Físico e Psicológico pela Unisanta, com cursos de especialização na Inglaterra, com o prof. David Harzard (1996), em Madri, Espanha, com o professor Juan Alcade (1996), e com conceituados mestres no Japão. Graduado 6º Dan pela Confederação Brasileira de Karate – 2011.
Foi técnico campeão em diversas ocasiões, no Brasil e no exterior. Entre os títulos, destacam-se: o Sul-Americano JKA em Buenos Aires – Argentina, em 2009; JKA no Sul-Americano de Santiago do Chile, em 2008; o Sul-Americano de Montevidéu no Uruguai, em 2007; o IV Annual Invitational Championships em Miami, USA, 1998; o Florida Sunshine Cup de Miami, em 1997; o Torneio Internacional da Ilha de Wight, na Inglaterra, em 1996; o Sul-Americano em Montevidéu, no Uruguai.
Participou do evento Os Grandes Mestres da Europa e Japão – Hannover, na Alemanha – 2008. Foi técnico convidado para o Big Apple Challenge em New York, USA, 1999; para o Big Apple Challenge de New York, 1999. E mais: Professor no Gashuku Internacional da Califórnia em Irvine, USA, 2014.
Foi homenageado pela USA National Shito-Ryu School de Miami, onde recebeu a chave da cidade, em 1997; técnico da Seleção Paulista de Karate; bicampeão dos Jogos Abertos do Interior, 1987-1988; hexacampeão da Seleção de Santos nos Jogos Abertos, 1986-1987/1988-1989; delegado Técnico da Seleção Brasileira no Mundial WKF – Sun City, África do Sul, em 1996; da Comissão de Treinadores da Seleção Brasileira Adulta de Karate, Brasil, em 1996; técnico do Brasil no Campeonato Sul-Americano de Karate, em Lima, Peru, em 1995.
Livros publicados
Karate-Do – O Caminho da Mão Vazia – lançado em 1994, com 2.000 exemplares e que se esgotou rapidamente; Karate-Do – História Geral e no Brasil – lançado em 2008, relata a história do Karate-Do desde a sua origem; Karate-Do – Uma Visão Multidisciplinar, lançado em 2010, é texto básico para os cursos de extensão universitária e pós-graduação na Unisanta; Karate-Do – Primeiros Passos, lançado em 2012, orienta os praticantes e interessados aos primeiros conceitos do Karate-Do.
Outros esportes
Além do karate, veja outras opções para praticar esportes no Complexo Esportivo da Unisanta, um dos maiores do País, celeiro de campeões em diversas modalidades e a maior força da natação brasileira. Aulas também em natação, hidroginástica, musculação, handebol, basquete e futsal. O Parque Aquático é considerado um dos melhores do mundo e atraiu as seleções do Japão e da Itália, para treinos visando às Olimpíadas, em 2016.