Poliana Okimoto falou sobre sua vida e sua ligação com o esporte

Além da atleta, o evento reuniu professores, estudantes da Unisanta, do Colégio e a Guarda Municipal de Santos

Com o objetivo de capacitar pessoas da Cidade de Santos para combater o uso de substâncias ilícitas, como drogas e bebidas alcoólicas, em crianças e adolescentes, a Unisanta recebeu, na manhã desta quarta-feira (22/8), a Associação Pró- Coalizões Comunitárias Brasil, afiliada à CADCA (Community Anti-Drug Coalitions of America), para uma conversa sobre o treinamento de voluntários para o Programa.

O evento aconteceu no Consistório da Universidade, às 10 horas, e contou com a presença de duas atletas olímpicas, Poliana Okimoto – ex- nadadora da Unisanta e a ex- judoca Danielle Zangrando, que foi aluna de Jornalismo da instituição. As atletas conversaram com o público sobre a história de vida delas e como o esporte as ajudou a ficar longe das drogas.

“Eu vim de uma zona carente de São Paulo, tinha muitas oportunidades para entrar no mundo das drogas, tive muitos amigos que entraram. Acho que o esporte me trouxe paixão tão grande pela vida, assim, como valores e força de vontade, que eu tinha um objetivo. Ele ensina demais a gente, se existe alguma ferramenta para combater as drogas, essa ferramenta é o esporte”, diz Poliana.

Pela segunda vez no Campus da Unisanta, o Programa visa reunir representantes dos governos municipais e a comunidade, sendo eles, adultos e jovens, para que recebam treinamento e consigam trabalhar na prevenção ao acesso fácil às substâncias ilícitas. “As pessoas, ao serem treinadas dentro de uma metodologia de prevenção primária, passam a observar mais a vulnerabilidade das crianças e adolescentes da sua comunidade, muito antes de pensarmos em tratamento”, comenta Eliane Marcondes, diretora executiva da Coalizão Brasil.

Capacitação anual

A capacitação de voluntários acontece anualmente em alguns municípios, abrangendo diversas etapas e fases. Durante o processo, as atividades introduzidas seguem métodos científicos internacionais, comprovadas em universidades dos Estados Unidos há mais de 30 anos. Após isso, a cidade recebe assistência técnica da Coalizão Brasil.

Os métodos utilizados têm como base a evidencia, com um diagnóstico da comunidade para que haja uma noção do que pode ser feito em relação ao uso das drogas. “O diagnóstico é muito importante, porque ele é o norte das ações de intervenção das mudanças”, explica a diretora.

Para haver a construção de alternativas antidrogas, é preciso que a sociedade colabore dentro de pelos menos 12 setores, como esporte, comércio, educação, indústria, mídia, entre outros os segmentos, para que um plano estratégico seja feito na cidade.

Atualmente, a Associação Pró- Coalizões Comunitárias Brasil ministra a capacitação de voluntários em 16 cidades brasileiras.