O Complexo Educacional Santa Cecília é um orgulho para o Brasil, afirmou o maestro e pianista João Carlos Martins, ao abrir o concerto da Orquestra Filarmônica Bachiana segunda-feira à noite (3/10), em homenagem aos 50 Anos da Instituição, no Teatro Coliseu, em Santos. O maestro se referiu à história de superação do Complexo, comparando-a com as dificuldades enfrentadas por ele devido a um assalto e a doenças que prejudicaram suas mãos e sua carreira como pianista.

Segundo o maestro, competência e amor ao próximo são duas características que explicam o sucesso da Unisanta e da Fundação Bachiana que ele criou para descobrir talentos entre jovens e crianças, principalmente das classes mais desfavorecidas. O ideal em divulgar a Cultura e a Educação aproxima as duas instituições. E no caso do Complexo Educacional, destaca-se ainda o estímulo ao esporte, na melhor tradição das universidades norte-americanas, disse ainda.

A projeção internacional do Complexo Educacional Santa Cecília na área de pesquisas foi outro fator mencionado pelo maestro, que projeta a Cidade de Santos no Exterior, assim como a trajetória do Santos Futebol Clube. “Só duas instituições santistas desse porte conseguem esse destaque internacional”, afirmou.

“A Unisanta conseguiu o milagre da multiplicação dos pães”, declarou ainda João Carlos Martins, ao mencionar o número de alunos da primeira escolinha que deu origem à Instituição: apenas 26, quando a família Teixeira adquiriu a antiga Escola Primária Santa Cecília na Avenida Rodrigues Alvez, em 1961. O maestro elogiou a Instituição também pelo fato de acolher o aluno desde pequeno e ajudá-lo a subir degrau a degrau, reunindo o retorno de gerações da mesma família no Complexo Educacional.

João Carlos Martins homenageou a família Teixeira com flores. Marcelo Teixeira, Pró-Reitor Administrativo, referiu-se à presença honrosa da Orquestra Bachiana e do maestro na comemoração dos 50 anos, além do local escolhido, o Teatro Coliseu, pleno de “memórias inesquecíveis de artistas consagrados”. A Reitora, Sílvia Teixeira Penteado, entregou uma placa em homenagem ao músico, e referiu-se à magia representada pela música, na elevação do espírito humano. “A música condensa a graça divina da originalidade, eterna fonte de imaginação em seu sentido mais extraordinário e belo”.

Diplomas e responsabilidade social

A presidente, Lúcia Maria Teixeira Furlani, homenageou seus pais, fundadores da Instituição: Nilza e Milton Teixeira. Graças ao pioneirismo e ao idealismo dos dois, foi possível à família construir o Complexo que hoje reúne 15 mil alunos, do Ensino Fundamental à Pós-Graduação. Formaram-se no Colégio até hoje 25.800 alunos. Na Universidade e na Pós, 40 mil. E os atendimentos gratuitos à população somam 2 milhões só no triênio 2008-2010, maior que a população da Baixada Santista, representando uma aplicação de R$ 68 milhões em responsabilidade social.

O concerto no Teatro Coliseu reuniu autoridades destacadas, representantes de diversos segmentos da cidade e funcionários da Instituição.

Transmissão pela Santa Cecília TV

O concerto foi transmitido ao vivo pela Santa Cecília TV. A Orquestra Filarmônica Bachiana apresentou, entre outras músicas, Sinfonia nº 5

Scherzo (Allegro)
Allegro – Presto, de L. V. Beethoven

Czardas V. Monti; Primavera, V. Monti; Melodia Sentimental, de H. Villa-Lobos
Melodia Sentimental, com o tenor Jean William

Trenzinho Caipira, de H. Villa-Lobos, com solistas da Bateria da Vai-Vai

Cinema Paradiso, de E. Morricone, com João Carlos Martins ao piano

Samba-enredo da Escola de Samba Vai Vai, vencedora do último carnaval paulistano, com o “A Música Venceu”, em homenagem ao maestro.

My Way, com o tenor Jean William.

Trem das Onze, de Adoniram Barbosa.