A Mostra Lanterna Trágica de Cinema, promovida pelo Cineclube Lanterna Mágica, da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), será realizada de 28 de agosto a 1º de setembro, às 19h, na sala Maurice Legeard de Cinema, 5º andar do Bloco E, com entrada franca.
A seleção, feita pelo jornalista Eduardo Ricci, coordenador do Cineclube, está focada em filmes que mostram o terror psicológico. Durante a programação, haverá debate após as exibições sobre o medo, o controle das ansiedades sociais e o uso da linguagem cinematográfica.
A programação começa com a exibição do filme “O Iluminado”, de Stanley Kubrick, no dia 28 de agosto. Kubrick enveredou pelos caminhos do horror e fez uma das melhores adaptações cinematográficas de Stephen King, neste filme que tem um clima de tensão permanente.
Nos dias 29, 30 e 31 de agosto serão exibidos “A Profecia I, II, e III”, comemorando os 30 anos de início da trilogia, protagonizada pelo jovem Damien.
Para encerrar a mostra, dia 1º de setembro será exibido “O Grito”, de Takashi Shimizu. O filme está entre os melhores do gênero nos anos 2000.
O Terror no Cinema
Os filmes de terror surgiram como curtas-metragens baseados em contos e na literatura fantástica. O primeiro longa considerado de terror é O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene (ALE, 1919), obra prima que deu início ao expressionismo alemão. Em seguida, na década de 30, Drácula e Frankenstein chegaram ao cinema e fizeram de Bela Lugosi e Boris Karloff astros de cinema. Como Drácula, Lugosi encarnou um dos personagens mais freqüentes do gênero. Depois deles muitos filmes exploraram o sobrenatural, mas os grandes sucessos de bilheteria surgiram na década de 70, com Carrie, a Estranha, de Brian de Palma (EUA, 1976) e O Exorcista, de William Friedkin (EUA,1973), primeiro filme de horror indicado para melhor filme no Oscar.
O terror não está presente apenas no sobrenatural. O Iluminado, de Stanley Kubrick (EUA, 1980) é um exemplo do terror psicológico que tantos outros filmes abordaram. Nas duas últimas décadas, filmes baratos, destinados a adolescentes, dão vida a assassinos persistentes, de rosto oculto. Criam-se sagas: “Sexta-feira 13”, “A Hora do Pesadelo”. Cria-se uma cultura à volta das situações que se repetem: Crystal Lake será sempre assombrado, Freddy Krueger estará sempre lá para apanhar alguém no sono. O terror continua em alta, não apenas na tela, mas em nosso cotidiano também.