Antigamente, o local foi uma pequena vila inglesa que culminou na construção das linhas ferroviárias
Como parte das atividades externas da disciplina Técnicas Retrospectivas (restauro), os alunos do 8º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Cecília (Unisanta), fizeram no sábado, 24/11, uma visita à Vila de Paranapiacaba em Santo André, acompanhados da profa. Ms. Jaqueline Fernández Alves, docente da disciplina.
Durante a visita, os alunos puderam conhecer a vila que, no final do século, local da construção da primeira estrada de ferro Santos-Jundiaí e hoje é patrimônio Histórico. Puderam descobrir sua história e valorizar a memória das construções. Além disso, avaliaram aspectos pertinentes à restauração dos elementos arquitetônicos a partir do estado de conservação encontrados.
Junto ao grupo de estudantes, também estava presente a profa. Dra. Andréa Ribeiro Gomes, da disciplina de Planejamento Urbano e Regional da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Vila de Paranapiacaba
Construída em 1860 e inaugurada sete anos depois, foi a primeira ligação ferroviária da Serra do Mar. Em 1890 iniciou-se a ampliação desse sistema de transporte, momento em que se construiu também a Estação da Luz em São Paulo, o que transformou o município em uma verdadeira “cidade de serviço” no Alto da Serra.
A Vila com traçado ortogonal, zoneamento hierarquizado e construções pré-fabricadas em madeira foi erguida para acolher os engenheiros da São Paulo Railway (SPR), primeira ferrovia do estado de São Paulo. Os trabalhadores mantinham o funcionamento do sistema de planos inclinados, responsáveis pelo transporte na serra, sistema este que foi incluído no processo de tombamento, porque é tão ou mais importante do que a Vila, segundo os profssores.
No conjunto de espaços, incluem-se as construções de oficinas, casas de máquinas, passadiços, mercado, clube, além da torre da Estação construída na mesma época em que a Vila. Porém, o edifício desapareceu em um incêndio.
O local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (IPHAN) e é incluído pela UNESCO na lista indicativa para se transformar em Patrimônio da Humanidade.