“O brasileiro tem a cultura de potencializar tudo o que é negativo, e passa um medo de que a vacina não é segura, o que não corresponde com a verdade”, explica o prof. Dr. Walber Toma, coordenador do curso de Farmácia da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Ele gravou um vídeo para as mídias sociais da Universidade, tranquilizando a população.
Desde o dia 25 de janeiro, a Cidade de Santos vem imunizando seus munícipes contra a febre amarela. Foram abastecidas vinte e duas policlínicas com a vacina para conseguir atender à população. A campanha terminaria nesta sexta-feira, 2/3, mas a prefeitura decidiu continuar os mutirões de vacinação até acabar o estoque do produto.
“Culturalmente, o brasileiro têm a visão de que a dose fracionada pode trazer um problema, algumas pessoas podem manifestar reações após o uso da vacina, o que é natural, mas é uma reação branda. Por isso, acaba passando para outras pessoas certo medo de que a vacina não é um produto seguro, o que não corresponde com a verdade”, comenta Walber Toma.
Neste ano, foram liberadas para a população doses fracionadas da vacina. Mesmo sendo em doses diluídas, é possível conseguir combater o desenvolvimento do vírus. Segundo o professor, esse resultado só foi possível porque foram feitos novos estudos e atualizações de trabalhos científicos sobre a doença. Essas pesquisas comprovam a eficácia da dose diluída. “Assim, ao diminuir a concentração da vacina, as reações adversas que as pessoas possam chegar a ter serão mais brandas, a produção será aumentada e mais pessoas poderão ser imunizadas” explica o professor.
Quem pode ser imunizado – A meta da campanha de vacinação contra a febre amarela é vacinar o maior número de pessoas, ou possivelmente toda a população. “Porque de fato, existe um grande risco com relação á disseminação pela febre amarela” diz o coordenador.
Crianças e idosos também poderão ser imunizados, porém, se tiverem problemas de saúde, é importante que seus respectivos médicos autorizem a vacinação.
Existem algumas restrições que deverão ser seguidas: Pessoas mais idosas, pessoas que tenham doenças crônicas (diabetes, cardiopatias, hipertensão), alguma doença autoimune (Lúpus, Artrite, Esclerose Múltipla, Diabetes tipo 1) e quem utiliza medicamentos imunossupressores (usados para evitar a rejeição de órgãos transplantados) deverão consultar seus médicos antes de comparecer a uma policlínica.
Confira na íntegra, o que o coordenador do curso de Farmácia da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Prof° Dr. Walber Toma, disse sobre a vacina da febre amarela: