Entre os 51 nadadores envolvidos na etapa internacional da Travessia Renata Agondi há uma unanimidade: a competição será muito disputada e de alto nível técnico. O campeão brasileiro e vencedor das duas etapas anteriores desta segunda edição da Renata Agondi, o nadador da UNISANTA, Luiz Lima, é enfático: “Nunca vi nada igual em termos de maratonas aquáticas. Jamais tantas feras estiveram juntas em uma mesma prova”.
Luiz é quem garante que no masculino não existe um favorito destacado. “Tem muita gente com chances, mas acho que o norte-americano Mark Warkentin, vencedor da etapa brasileira do Circuito Mundial de 2006, em Belém, é o nome a ser batido. “As equipes norte-americana e russa vão se valer da prova para realizar seletivas para o Mundial de Melbourne, na Austrália, o que deixa seus representantes nos cascos”.
Para o nadador brasileiro, os atletas nacionais teriam maiores chances, caso a prova fosse realizada no meio da temporada. “No hemisfério Norte, eles estão em plena temporada, enquanto nós estamos começando um ano e temos apenas três semanas de atividades”.
Já búlgaro Petar Stoichev, hexacampeão mundial, acredita que possa fazer uma boa prova, embora reconheça que Luiz Lima está certo quando diz que não há favoritos. “Tem um time de peso nesta briga. A prova, muito provavelmente, seja definida, apenas em sua parte final”.
Ricardo Kojima, nadador da UNISANTA, está entre os tantos atletas que, pela primeira vez, encaram os maiores nomes das maratonas aquáticas. Talvez por isso, mantenha um certo grau de expectativa: “É tudo novidade. Já encarei grandes nomes, mas em provas de piscina. Em águas abertas, não. Mas espero fazer uma boa prova e, se possível, completa-la dentro do tempo exigido”, afirma. Pelo regulamento, todos os participantes têm mais 30 minutos para completar os 10 km, após a chegada dôo primeiro colocado.
NOME A SER BATIDO – Entre as mulheres, o nome de Britta Britta Kamrau-Corestein, alemã tetracampeã mundial, surge como grande favorita. Ela mesmo admite que é o nome a ser batido. “É a quarta vez que participo de uma prova do Brasil e como venci nas três últimas oportunidades, espero pode faze-lo0 mais uma vez”.
Britta, que foi homenageada pelo presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, com o título de Madrinha das Maratonas Aquáticas no Brasil, ficou lisonjeada ao saber do respeito que as demais competidoras nutrem por ela, mas garante que precisa nadar muito para ganhar a prova. “Tenho adversárias bastante difíceis pela frente. Não será nada fácil”, afirma.
Para a campeã brasileira Ana Marcela Cunha, que está acertando sua transferência da Bahia para a UNISANTA, a prova desta sexta-feira (26) é mais uma chance de conseguir um grande resultado e manter o ritmo em busca de uma vaga na equipe brasileira que irá aos Jogos Pan-Americanos. “É interessante competir com as melhores do mundo, da mesma forma que’é igualmente interessante conseguir um bom resultado nesta circunstâncias”.
A Travessia Renata Câmara Agondi é uma realização da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com Supervisão Técnica da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e Federação Aquática Paulista (FAP) e apoio técnico da Presença Eventos. Apoio da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer; Prefeitura Municipal de Santos, Câmara Municipal de Santos, Sistema Santa Cecília de TV e Rádio Educativas, Jornal A Tribuna, Capitania dos Portos do Estado de São Paulo, 6º BPM/I — Sexto Batalhão da Polícia Militar do Interior, 17º Grupamento de Bombeiros, 2º Batalhão de Infantaria Leve (2º. BIL), Santos e Região Convention & Bureau, BEM, Gatorade, Hershey´s, Beneficência Portuguesa, Hotel Atlântico, Sabesp e Terracom.