O jornal laboratório UNISANTA Online colocou no ar, dia 6 de abril, domingo, sua 200ª edição, completando dez anos de notícias, elaboradas por alunos do terceiro ano de Jornalismo. Primeiro jornal eletrônico universitário do País e o que recebeu o maior número de prêmios, o boletim está com novos recursos, utilizando multimídias, como som e vídeos.
Entre os prêmios e elogios recebidos estão os da Expocom e prêmio José Bonifácio. E citações no Guia Internacional da Brasil Web, como um dos sites de notícias mais interessantes, e no programa do Globo Repórter, com um link direto para uma matéria do aluno Silvano Menezes que, na época, era do segundo ano de Jornalismo. O boletim foi finalista do Congresso Intercom/Expocom 2002, realizado na Bahia, onde ficou em terceiro lugar na categoria Melhor Jornal Digital.
O UNISANTA Online tem registrado sucessivos recordes de acesso, auditados pelo site Extreme Tracking. Segundo a empresa, no início de abril houve crescimento de quase 370% no número de leitores individuais, não se considerando aqueles que visitaram a publicação num mesmo dia. O número de leitores, que em março de 2002 era de 1.481, chegou a 5.465, em março de 2003. A informação é do professor Alexandre Sobrino, que refez o projeto gráfico-tecnológico.
Foram 9.371 acessos, se considerarmos os reloads, isto é, leitores ou internautas que voltaram à primeira página mais de um vez no mesmo dia. De março de 2002 a março deste ano, o UNISANTA Online acumulou o expressivo número de 49.296 leitores individuais, não considerando os reloads. Se estes forem considerados, o número de leitores chega a 82.922.
Princesa Diana e prêmios
As edições são semanais, elaboradas por alunos do terceiro ano de Jornalismo. Darrell Champlin, coordenador geral desde 1997, lembra algumas das edições mais elogiadas: no dia em que morreu a princesa Diana, os alunos publicaram as notícias em tempo real, com diversas atualizações, prolongando o trabalho até uma hora da madrugada. Logo em seguida, veio a cobertura diária do XX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom).
Antes uma atividade voluntária, desde 1998 a participação no Online tornou-se curricular. As edições são publicadas aos domingos.
Começo
A idéia do Online partiu do professor Champlin. Há dez anos, a navegação on line era privilégio de poucos no mundo. O Colégio Santa Cecília, também pioneiro, mantinha parceria com o projeto Escola do Futuro, da USP. Os alunos trocavam e-mails com estudantes de escolas portuguesas. A reitora da UNISANTA, Sílvia Teixeira Penteado, pediu ao professor Champlin um trabalho parecido, com universitários, e ele teve a idéia de fazer um jornal.
O boletim chamava-se inicialmente Reality – Brazilian Students Voice e era transmitido para a Universidade de Michigan, Estados Unidos. Em 1993, a empresa Netscape havia criado um programa que facilitava a navegação Via Internet.
Os alunos começaram a elaborar os boletins em língua inglesa, com a supervisão do professor Champlin. Acabou sendo o primeiro jornal eletrônico universitário do País. O sucesso veio rápido. Graças ao caráter inovador do projeto, a UNISANTA é membro, desde 1998, da U-Wire, agência de notícias norte-americana especializada em notícias universitárias, da qual fazem parte as principais universidades americanas como Harvard, Yale e MIT, além de jornais conceituados como o USA TODAY, Dow Jones Interactive e Pointcast Networks.
A UNISANTA foi a primeira universidade fora dos Estados Unidos a ter representatividade naquela organização. A Reitora lembra que o Curso de Jornalismo da UNISANTA estava nascendo. Havia dificuldade na transmissão das notícias, devido à natural dificuldade técnica de um serviço novo. A Universidade estava ligada, como usuária, ao nó da USP e da FAPESP, o que significava dependência de terceiros.
Em 1995, duas turmas produziram um jornal em Português. O reconhecimento público e acadêmico veio a partir da apresentação do boletim no CONDEX, evento que precedia a Fenasoft. Seguiram-se mudanças contínuas na diagramação, nas editorias, na proposta, acompanhando o aperfeiçoamento técnico da Rede Mundial de Computadores, do Jornalismo e do design gráfico.
A tecnologia desenvolvida fez com que a Universidade Santa Cecília passasse de usuária à provedora acadêmica da Internet. Em 1996, o UNISANTA Online ganhou um laboratório exclusivo com todo o equipamento necessário a sua elaboração. Participam ainda os professores Daniela Aragão, Beth Capelache e Valéria Nader.