Alunos do 2.º ano de Psicologia da Unisanta criam livros infantis que abordam o tema da morte

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Os alunos do segundo ano de Psicologia da Universidade Santa Cecília (Unisanta) criaram livros infantis que abordam o tema “morte”. O projeto, idealizado pela professora Roseane Cordeiro na disciplina Psicologia do Desenvolvimento – Cuidados Paliativos, Morte e Suicídio, foi desenvolvido em classe ao longo do semestre.

Com três temáticas que envolvem conversas com crianças sobre a doação de órgãos, a própria morte e a morte de alguém significativo, o livro foi uma forma que a docente encontrou de abordar o assunto. “Eu sempre tive uma relação muito forte com esse tema e sempre tive uma preocupação de aproximar o aluno desse universo, então fazer esse link, transformar teoria em conhecimento ligado à vida, essa é a questão que me move o tempo inteiro”.

Roseane ainda explica que este é um assunto complicado e pouco abordado, sendo assim, o projeto foi uma forma que encontrou de começar a falar sobre a morte em si. “Então pensando nessas coisas, eu propus aos alunos, ao longo do semestre, que a gente pudesse mudar essa história. E, se como trabalho a gente pudesse produzir livros para conversar com crianças sobre esse tema, de modo que além de ajudar eles a aprender, poderia ajudar as pessoas de alguma forma? ”, diz a docente.

Sobre o desenvolvimento do projeto, Roseane conta que tudo foi sendo construído na base da conversa e na própria escolha dos estudantes.

“Fomos sensibilizados por todos esses temas, conversamos como o conceito de morte mudou ao longo dos anos e também com coisas mais específicas da psicologia. Os alunos escolheram qual faixa etária eles gostariam de atingir e qual os temas eles queriam trabalhar, tudo isso fez muito sentido para eles, muitos buscaram as fontes teóricas que nós vemos em classe, mas também trouxeram muitas vivências pessoais”, ressalta.

Por fim, a docente compartilha que o resultado do projeto a surpreendeu. “Foi acima da minha expectativa. Eu percebi que esses alunos, tanto na vida profissional ou pessoal, se eles tiverem que lidar com essa questão da morte, vão estar muito mais preparados para conversar com as pessoas sobre isso, por participarem desse projeto e de fato terem uma vivência com isso”, finaliza.