Utilizando circuitos eletrônicos, sensores de ultra-som a distância, motores elétricos, hélices de plástico e os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, cinco alunos de Engenharia de Computação da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) criaram um sistema de automação para um blimp – miniatura de balão inflado com gás hélio. Conforme os autores, a invenção pode ser utilizada como instrumento atrativo de Marketing em eventos, monitoramento de um determinado local – acrescentando-se câmeras de vídeo ao sistema, entre outras aplicações.

O custo do projeto ficou cinco vezes menor do que o kit à venda no mercado ao custo de dois mil dólares. Os alunos gastaram mil reais e ainda utilizaram dois sensores a mais do que o produto comercial.

O trabalho foi um dos nove selecionados pela UNISANTA para exposição promovida pelo Sebrae e Incubadora de Empresas de Santos, no último dia 15. O evento mostrou projetos com potencial de mercado.

Blimp – O balão tem um metro e quarenta centímetros de diâmetro e possui cinco sensores de ultra-som à distância acoplados em uma gôndola. É utilizado em ambientes fechados com três opções de controle. Na primeira, opção alerta, o balão fica parado no ar até que algum obstáculo se aproxime dele e acione os sensores de distância.

A informação é enviada para uma memória EPROM que determina para qual lado o blimp deve se locomover, desviando assim do objeto. Para a locomoção do blimp, são usados três motores elétricos, que funcionam com bateria de 9 Volts, e hélices de plástico, como as utilizadas em aeromodelos.

Na opção automático o balão se locomove sozinho dentro do ambiente. Ao encontrar algum obstáculo, ele desvia e continua a flutuar pelo local até que alguém o pegue e o desligue, ou sua bateria acabe. A última é a opção controle, na qual um rádio controle, sem fio, determina o movimento do balão.

TCC – O projeto foi apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pelos formandos Lucas Vogel Bernardo, Diego Dias de Gouvêa, Leonardo Gomes dos Santos, Leopoldo Henrique Fonseca e Carlos Eduardo Branco. Eles receberam nota dez. A orientação foi do professor Maurício Mário Conceição.

Segundo Bernardo, uma das dificuldades encontradas pelo grupo na execução do projeto foi calibrar os sensores de ultra-som conforme a distância desejada. “Ajustamos os sensores de forma que o balão se deslocasse ao se deparar com obstáculos a um metro e meio de distância lateral e da base da gôndola”, afirmou.

Os sensores, explicou o estudante, funcionam da seguinte maneira: o transmissor emite uma freqüência de som não audível ao homem, a qual bate no obstáculo e retorna para o equipamento. O receptor capta a freqüência e determina a que distância está do obstáculo de acordo com o tempo em que a freqüência levou para ir e voltar do aparelho.

Outra tarefa minuciosa dos alunos foi calcular o empuxo para obter a quantidade de gás necessária para elevar o balão. Esse cálculo levou em consideração o peso do circuito relacionado aos sensores de ultra-som, de outro para o controle do motor que faz a inversão de polaridade e daquele que contém a memória EPROM