O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos do mês de fevereiro apresentou inflação de 0.91%. Segundo o Nesse, o índice é elevado e preocupante, pois já atinge a 2,59% no ano em apenas dois meses.

Em termos de grupos afetados, os de maior impacto foram: transportes, alimentação e saúde, sendo que os demais também apresentaram inflação em nível menos elevado.

Conforme já citado em janeiro, as perspectivas para o ano é que tenhamos inflação elevada provavelmente a maior dos últimos anos, o aumento da energia elétrica na região irá impactar no índice de março.

Para conter a escalada inflacionária o governo tem adotado medidas econômicas e fiscais, contracionistas como a elevação de impostos diretos e indiretos, bem como elevação das taxas de juros que ainda podem sofrer novos ajustes ao longo do ano dependendo do comportamento da inflação e do dólar.

De forma específica, é feita a seguir análise detalhada por grupo, das principais variações apuradas:

  • Grupo Habitação: Foi apurada inflação de 0,13%, no mês. O aumento relativo a mobiliário com reajuste médio de 0,6% e serviços domésticos e conservação 0,31% foram as principais causas da inflação no grupo.
  • Grupo Alimentação: Apresentou inflação de 1,82%, devido principalmente aos produtos in-natura que apresentaram inflação de 6,9% sendo destaques as verduras com 14,8% seguido dos tubérculos com 13,2%, e legumes 11,6%. A falta de chuvas ou a chuva em excesso são o provável motivo para a elevação, não se descartando outras motivações como dificuldade de transporte e desabastecimento com consequente aumento por déficit de oferta, e aumento de custos notadamente mão de obra. Não podemos deixar de registrar que a alimentação fora do domicilio já evoluiu em 6,1% em dois meses.
  • Grupo Transportes: Constatou-se inflação de 1,83% no grupo, tendo por motivação principal os aumentos do álcool 5,83%, diesel 6,67%, gasolina 6,95%. Outros aumentos também contribuíram com destaque para a habilitação para dirigir com aumento de 7,9%.
  • Grupo Despesas Pessoais: Houve inflação de 0,31% verificando-se aumentos em artigos de higiene e beleza, 1,52% em média. Também no item despesas diversas tivemos reajuste de 2,1%.
  • Grupo Saúde: Foi apurada inflação de 1,69% devido ao aumento no preço dos planos de saúde 1,1% e dos serviços laboratoriais em 3,73%.
  • Grupo Vestuário: Apresentou inflação de 0,56%, tendo por principal motivador o aumento de preços das roupas de homem 0,96%, roupas de criança 2,57% e joias e bijuterias com reajuste médio de 1,96%;
  • Grupo Educação: Reajuste médio de 0,13% devido ao aumento do material escolar em 2,1%.