A iniciativa da data comemorativa é do Instituto Ana Marcela e Unisanta

Nesta terça-feira (23), data marcada pelos 28 anos da morte da nadadora Renata Agondi, o Instituto Ana Marcela e o Pró-Reitor Administrativo da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Marcelo Teixeira, falarão sobre a propositura do Projeto de Lei, do deputado federal João Paulo Tavares Papa, que cria o Dia Nacional da Maratona Aquática (23 de agosto).

A atleta olímpica Ana Marcela Cunha, também falará sobre a sua participação na prova da maratona aquática nas Olimpíadas Rio 2016 e seus planos futuros.

Sobre Renata Câmara Agondi – Grande nome da natação brasileira nos anos 80, Renata Agondi reunia todas as condições para ter figurado entre os maiores nomes da natação mundial de águas abertas.

Em 1986, em sua primeira atuação na Travessia de Capri-Napoli, uma das provas de mar aberto mais charmosas do mundo, Renata terminou em terceiro lugar entre as mulheres e na sexta posição geral, superando o também brasileiro Igor de Souza, que terminou em sétimo. Renata ainda ficou com o título de vice-campeã da categoria profissional.

Começou a nadar com oito anos, no Fluminense Futebol Clube (RJ), agremiação pela qual conquistou suas primeiras medalhas e títulos.

De 80 a 82, Renata manteve-se afastada da natação para retomá-la já em Santos, no Saldanha da Gama. Antes de integrar a equipe da Associação Santa Cecília de Esportes, ela ainda atuaria pelo Clube Internacional de Regatas.

Nas piscinas, exibiu muito talento, mas foram nas provas de águas abertas que ela realmente se encontrou. Depois das participações em provas internacionais na Itália, ela encarou o maior desafio de todos, a travessia das gélidas águas do Canal da Mancha.

No fatídico dia 23 de agosto de 1988, totalmente exaurida pelo esforço extremo provocado por uma imperdoável falha na rota e apresentando quadro de hipotermia, Renata veio a falecer, deixando uma lacuna irreparável.

“Acho que também nós temos uma estrela brilhando, que é a Renata Agondi, que plantou sementes e lutou tanto para que tudo isso acontecesse”, disse Marcelo Teixeira, que escreveu um livro e fez um vídeo-documentário sobre Renata Agondi, nadadora desaparecida em 1988 aos 25 anos de idade, quando participava de uma travessia no Canal da Mancha. “Eu tenho a certeza e a convicção de que onde ela (Renata) estiver estará sempre a guiar os nossos passos e caminhos. Ela que foi uma grande atleta também. Construiu a sua história e passou um legado para todas essas gerações que estão vindo”.