O estudante da Faculdade de Educação Física e Esporte (FEFESP) da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Carlos Farrinberg, conseguiu o índice para as paraolimpíadas, destinadas a portadores de necessidades especiais, que será realizada uma semana após os Jogos Olímpicos de Atenas. O índice foi conquistado nos Jogos Paraolímpicos do Brasil, realizado em abril.
Apesar da conquista e de vários primeiros lugares, entre eles, o revezamento 4 por 100 livre, 400 livre, 4 por 50 livre, o atleta só ira à Atenas caso algum dos convocados, pela CPB, o Comitê Paraolímpico Brasileiro, estes, com maior pontuação que Carlos, desistir ou não puder comparecer ao evento.
Carlos, 24 anos, que tem apenas 20% da visão, o que o coloca na classe S13, já está convocado para os Jogos Pan Americanos que acontecerão em São Paulo e o Jogos IBSA que devem acontecer na África, ambos no ano que vem.
O atleta foi descoberto como nadador de competição enquanto jogava GoalBall no Lar das Moças Cegas, em Santos, pelo técnico da entidade. Depois de conversarem e perceberem que existia uma possibilidade de medalhas nas competições para portadores de necessidades especiais, Carlos foi falar com o Professor da UNISANTA, João Carlos Barros que o treinou para competições que aconteceram nas Paraolimpíadas do Brasil.
Carlos, que antes nadava para manter a saúde em dia, mudou seus planos. Agora o nadador pensa nas competições, medalhas e índices que pretende conquistar.

Histórico – No Brasil, as competições para portadores de necessidades especiais, começaram em 1958, quando o paraplégico Robson de Almeida Sampaio funda o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro.
No mesmo ano, Sergio Delgrande funda em São Paulo, o Clube dos Paraplégicos. 17 anos depois da fundação dos dois clubes, é criada a ANDE – Associação Nacional de Desporto para Excepcional.
Com o fortalecimento da Associação, entidades de deficientes foram se desagregando, e assim, criando suas próprias representantes: a Associação Brasileira de Desportos para Cegos (ABDC); Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS); Associação Brasileira de Desporto para Amputados (ABDA); Associação Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas (ABRADECAR); Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Mentais (ABDEM) e a ANDE, que passa a se chamar Associação Nacional de Desportos para Deficientes, e trata apenas com os atletas vítimas de paralisia cerebral.
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