Responsabilidade social – o novo e velho desafio, é o título do artigo da dra. Lúcia Maria Teixeira Furlani, publicado na revista Estudos, da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), que dedicou o número 34 ao tema, “um terreno fértil a ser explorado pelas escolas”, segundo o presidente da Associação, Gabriel Mario Rodrigues.
Furlani mencionou a preocupação com o social evidenciada pela UNISANTA desde sua criação, em 1961, inicialmente como Escola primária (atual Ensino Fundamental) em bairro humilde, o do Macuco, em Santos, destinado a oferecer educação para filhos de portuários e de operários. “A proposta deste embrião da universidade era mostrar ser possível elevar esses estudantes e muitos outros, de diversas origens e classes sociais, oferecendo-lhes o melhor ensino e os melhores mestres”, observa a educadora, diretora-presidente da UNISANTA.
Esses ideais permanecem, porque a Instituição, “além de enxergar necessidades e características dos alunos, está comprometida com a construção de um mundo mais humano e justo e em sensibilizar seus estudantes para participar dessa construção. Uma universidade particular com caráter público”, afirma a educadora.
Furlani sustenta diz que a responsabilidade social da Universidade se encontra, primeiramente, “no trabalho qualificado do estudante que recebemos, esse estudante real e não o idealizado”. Outro objetivo importante é reduzir a pobreza, o que é “papel de todos e também da Academia”.
“Torna-se, do nosso ponto de vista, uma questão política e social de democratização, da autonomia da sociedade e da constituição de novos padrões de sociabilidade. Sem substituir Estado e Governos, o papel da univrsidade é o de construção de “novos espaços públicos”, que agregam atores sociais múltiplos e diferenciados.
A diretora-presidente da UNISANTA expõe o trabalho da Instituição por meio de projetos como o Proeducar, Universidade Cidadã, Alfabetização Solidária, Rádio e TV Educativas, Clínicas de Odonto e Fisioterapia, entre muitos. Há serviços comunitários que as instituições particulares de ensino desenvolvem, subsidiando hospitais, clínicas, creches, ONGs etc. São atividades de extensão, pouco conhecidas.
Para Lúcia Teixeira Furlani, essencial é o papel da mídia em mostrar as experiências positivas, divulgando-as, estimulando a participação da comunidade e de outros parceiros, pois a imprensa pouco fala desse trabalho, voltado para camadas da população classificadas como pobres ou abaixo da linha de pobreza no Brasil.