Método de Aula Invertida é aplicado na Engenharia para criar em classe sistemas anticolisão

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Cada grupo construiu protótipos de sistema anticolisão de veículos, criou  logomarcas dos produtos e  esboçou campanhas publicitárias.

Alunos das Engenharia de Computação, Eletrônica e Elétrica da Universidade Santa Cecília (Unisanta) desenvolveram, no último dia (11/9), o protótipo de um sistema anticolisão para automóveis composto por um sensor do tipo ultrassom, LEDs, alto-falante e um microcontrolador. Conforme o objeto se aproxima do sensor de ultrassom, a sequência de LED acende de forma gradativa enquanto o alto-falante emite alertas sonoros. Quanto mais próximo o objeto estiver posicionado, maior a quantidade de LEDs acesos e menor o intervalo entre os alertas sonoros.

De acordo com a profª. Sabrina De Cassia Martinez, docente dos cursos de Engenharia, no modelo de sala de aula invertida os alunos estudam o conhecimento antecipadamente e, no dia da aula, debatem com os colegas e professores os assuntos já vistos.

“Ao invés de tentar reter o conhecimento em sala de aula e depois praticar em casa, o estudante adquire o conhecimento em casa e o exercita em sala de aula. Para a atividade proposta, além de adotarmos uma nova metodologia, também procuramos trabalhar a criatividade dos alunos. Cada grupo teve que montar o protótipo e criar uma logomarca além de apresentar, em formato de pitch, uma campanha publicitária para venda do mesmo”, explica a docente.

Segundo o coordenador dos cursos de Engenharia de Computação e Eletrônica, prof. Luís Fernando Pompeo Ferrara, várias técnicas de Aprendizagem Ativa (Active Learning) estão sendo inseridas ao longo do curso, tais como PBL (Problem-based Learning) e Peer Instruction. “Estamos cientes que a adoção de técnicas de aprendizagem ativa demanda um maior tempo por parte dos professores, principalmente neste primeiro momento, onde as novas metodologias têm que ser trabalhadas e assimiladas, e uma grande quantidade de material novo deve ser preparado”, disse.

Ferrar destaca a alteração do material utilizado em sala de aula. “Para poder realizar esta atividade, o material de apoio tradicional, como as apostilas, foi substituído por vídeos-aulas previamente preparadas pelo professor da matéria e disponibilizadas após cada aula realizada, estimulando assim a cultura de uma nova forma de estudo. A integração das metodologias de aprendizagem ativa deve ser introduzida de forma gradual para que se torne uma prática natural, tanto para os alunos como para os professores”, afirma o coordenador.

A aluna Juliana Muniz Mariano aprovou o novo método utilizado. “A aula de eletrônica neste dia, foi muito conceituada e extremamente didática. Através dos aprendizados das aulas anteriores, tivemos um desafio de simular um sensor de marcha ré para veículos. Utilizamos quatro leds, resistores, botão, sensor ultrassônico e tudo isso controlado pelo Arduino (plataforma). Após a montagem de todos os componentes na protoboard e o desenvolvimento do código de forma correta, fizemos um cartaz promovendo os produtos. Os projetos foram apresentados, desenvolvendo a nossa capacidade de comunicação através do conhecimento dado pelos professores. Gostei muito da forma que a aula foi aplicada, desafiando os alunos a propor um projeto muito utilizado nos dias atuais e principalmente o desenvolvimento do raciocínio de cada um”.