Carolina Damazzo, ex-aluna de Engenharia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), fala neste sábado (29) aos alunos da Faculdade sobre a importância de seu estágio em Toulouse, na França, para seus estudos de Pós-Graduação e sua vida profissional. Às 10h30, ela dará entrevista à imprensa, na sala dos professores do Bloco M.
Às 11 horas, conversará com os alunos da Faculdade de Engenharia, na sala 515 do Bloco M. Esses estudantes se reúnem aos sábados, para aula preparatória ao estágio anual de Toulouse, oferecido em julho aos acadêmicos.
Há dez anos, a UNISANTA participa do intercâmbio internacional em um dos mais importantes centros de pesquisa em microeletrônica do mundo: o Atelier Interuniversitario de Microeletrônica do Instituto Nacional de Ciências Aplicadas (INSA) de Toulouse, na França. Em julho, foi enviada a décima turma de acadêmicos de Engenharia Eletrônica, de Telecomunicações, Telemática e de Computação da UNISANTA, com o objetivo de construir circuitos integrados (chips), como parte do intercâmbio de estudos.
A UNISANTA é a única universidade da América Latina credenciada no programa. Desde 1995, mais de cem alunos da Universidade participaram do intercâmbio e, após o término do estágio, muitos são selecionados para o programa de Iniciação Científica da Escola Politécnica da USP e depois para o mestrado nessa instituição. Desses, Carolina é a primeira ex-aluna a concluir o mestrado e já está no doutorado.
Para participar, os alunos têm aulas teóricas, extracurriculares, durante cerca de seis meses, a cargo do professor Djalmir Correa Mendes, responsável da Universidade pelo projeto Toulouse. Segundo o professor Mendes, “essa é uma oportunidade única para os alunos de graduação se especializarem na fabricação de circuitos integrados, pois, no Brasil, há curso semelhante apenas em pós-graduação.”

Sala Limpa – No I.N.S.A, os universitários aprendem a fazer circuitos integrados, contendo desde transistores a portas lógicas, a partir de uma placa de silício de aproximadamente 0,3 milímetros. Todo o processo é desenvolvido num local livre de impurezas, denominado “sala limpa”, composta de três compartimentos. Para impedir a entrada de qualquer “corpo estranho” que possa danificar os equipamentos de alta precisão, o ambiente é submetido a uma pressão um pouco mais elevada do que a normal. Luvas, sapatos, touca, avental e óculos especiais fazem parte do traje obrigatório usado na sala limpa. Até para falar é preciso tomar cuidado, pois qualquer partícula pode contaminar as placas, sempre manuseadas com pinças.
Fabricação – As placas de silício passam por vários processos, que vão desde a metalização, feita em fornos com temperatura variando entre 500 e 1000 ºC, até o teste final do circuito integrado. O grupo é, normalmente, dividido em duplas, sendo que cada aluno fabrica seu próprio circuito, posteriormente encapsulado e soldado aos terminais (pontos de contato dos componentes), através de fios de ouro e emendas em alumínio.
Esse processo é feito por meio de um equipamento de solda a vácuo. Cada placa fabricada armazena 256 chips, ou seja, dá origem ao mesmo número de circuitos. Ao final, a avaliação dos chips é feita por computadores.

Em 28.10.2005. Assecom.