Em matéria especial do jornal A Tribuna comemorativa aos 471 anos de Santos, o dr. Fábio Giordano, professor dos Mestrados de Ecologia e Auditoria Ambiental da Universidade,  foi entrevistado sobre a importância do estuário, um “berçário natural” do oceano. As declarações de Giordano ocupam quatro colunas na página E-2 do dia 26/1, quinta-feira.

Os estuários são como “os berçários”  da natureza, segundo Giordano, porque são “onde muitas espécies vêm para desovar, se desenvolver e depois, já adultas, voltar para o oceano”.  O “jardim da infância” do mar carrega uma biodiversidade que nem sempre é aparente, informa o jornal.  “Só para se ter uma ideia, a fotossíntese que é feita nessa região  é 20 vezes  maior do que aquela realizada no oceano aberto”.

A fotossíntese, além de ser o mecanismo de produção de alimento para as plantas, desempenha um papel muito importante no meio ambiente, o de limpeza do ar. “Aqui nós temos todas as condições : maior luminosidade, as algas. Todo mundo pensa no peixe, no camarão, na tainha. Poucos falam desses organismos fundamentais, o phitoplanctum e o zooplanctum”, esclarece Giordano.

Conforme a entrevista, o estuário de Santos tem centenas de  espécies de peixes, mamíferos, crustáceos  e aves, como as garças, fragatas e guarás vermelhos. A fauna já foi mais abundante e o lixo afeta a saúde de animais como as tartatugas, que ainda são encontradas, colocando seus ovos.