A maratonista Catarina Ganzeli, da equipe Unisanta, convidada pela SporTV para comentar a Maratona Aquática da Rio 16, está certa de que esta manhã vai ser um momento único, para ela e todos os que estão torcendo para Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto. “Olimpíada para todo atleta é especial, independente da forma em que ele está participando”, diz.

Ela já havia demonstrado interesse em atuar como comentarista. “Cheguei a trocar vários e-mails, eles pediram várias informações, vários formulários. “Durante um processo de aproximadamente uns três meses, eles entraram em contato comigo. “Foi um momento muito especial na minha vida, saber que estaria, desta forma, presenciando a prova olímpica da Ana Marcela e da Poliana Okimoto.”

“Alguns  estão participando como voluntários, eu cheguei a cogitar dessa ideia. A Olimpíada é um evento que acontece de quatro em quatro anos, a maior festa do esporte, envolve todas as modalidades, não é só a natação ou só a maratona aquática”, afirma Ganzeli.

“Ainda por cima,  estarei comentando a prova de duas pessoas muito próximas, a Ana Marcela e a Poliana. Elas  tentam realizar um sonho de vida delas, conquistar a única coisa que falta na carreira das duas, a medalha olímpica. Então, vai ser espetacular!”

Torcedora e amiga  – Antes da Maratona,  Ganzeli sabia que seria muito difícil conter a emoção. “Eles pedem, instruem a gente para tentar ser o mais neutro possível, mas quando chega no final da prova é o coração que manda,  porque eu assisti a prova dela em Barcelona pelo SporTV, quando fizeram dobradinha brasileira nos 10 km. Eu assisti ela (Ana) classificando em Kazan no ano passado pelo SporTV também, eu chorei em casa na TV, eu gritava, era algo assim, com muito sentimento porque você reconhece o esforço, o trabalho, não são apenas quatro anos.

“A Ana, infelizmente, não se classificou para Londres, então vão ser oito anos de trabalho. A Poliana sonha com essa medalha, ela está na natação há mais de 20 anos, então, você vê uma história da pessoa sendo feita no momento, você reconhece todo o por trás daquele feito, daquela realização, então isso puxa muita a emoção, quem convive, quem é atleta, quem  treina, quem sofreu junto. Então  no momento você fica muito emocionada.”

Catarina Ganzeli  gosta muito de acompanhar o esporte, de acompanhar a vida dos atletas, tanto em mídias sociais como em reportagens. “Hoje eu entro em  sites americanos para ver, porque eu consigo fazer essa tradução do inglês para o português, então, eu estou entrando em várias mídias, estou conhecendo um pouco mais da vida de cada um, que eu já adorava”.

“Agora eu tenho uma motivação a mais, então está sendo uma oportunidade especial de eu ampliar todo esse conhecimento que eu tenho, não só da carreira, como da vida particular também”.  A nadadora comenta sobre a facilidade de se obter notícias nas redes sociais.

“A gente tem essa facilidade maior, tem SnapChat, tem Instagram, então você vê que eles são pessoas como a gente, e que eles  batalham muito atrás de um sonho, assim como as que eu conheço, a Ana Marcela e a Poliana.”

Ganzeli não afasta a possibilidade de ser comentarista no futuro. “Bom, se surgirem novas oportunidades, se precisarem de mim, seria uma missão de vida levar o esporte, levar essa sensação boa que a gente sente, essa realização, essa transformação que traz no ser humano a prática esportiva e o acesso a todos. Não apenas dos atletas de alto rendimento, algo que eu gosto muito de divulgar”.

A nadadora menciona a quantidade de provas que  o  Brasil tem, um país tropical, um país que tem um clima ótimo, uma costa imensa, em que, em todos os finais de semana, existe algum lugar em que uma prova de maratona aquática está sendo feita. “Hoje, nós temos uma disseminação desse esporte que está próximo  da corrida de rua, de 10 km. Então, eu gostaria muito de levar isso para a população mesmo, para todas as pessoas, que é uma missão que o Instituto Ana Marcela tem também. Se eu puder fazer isso pela TV será uma honra pra mim, um prazer imenso.”