Oswaldo Silva Júnior explicou a importância de aproveitar as oportunidades, pois é possível que elas não apareçam novamente

Os jornalistas Oswaldo Silva Júnior, Paulo Dante, Alex Frutuoso e a publicitária Roberta Ricciopo Pereira ministraram palestra na última quarta-feira, 9/3, no Anfiteatro do Bloco D da Universidade Santa Cecília (Unisanta), na qual abordaram a rádio CBN Santos, fechada no início do ano, e as experiêcias pessoais na carreira em suas respectivas profissões.

A palestra foi feita para os alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda e teve como responsáveis a professora Wanda Schumann e os professores Fernando De Maria e Helder Marques. Oswaldo Júnior falou sobre sua história na CBN e defendeu a realização do jornalismo sério, com apuração completa das matérias, sobretudo denúncias recebidas pela emissora.

Além disso, compartilhou a história de sua primeira narração esportiva, quando era adolescente e foi chamado às vésperas da partida para fazer a cobertura do jogo, e quase não aceitou, pois teria que ir para a escola no dia seguinte. “Quando uma porta se abrir, aproveitem, pois na segunda vez pode ser que a fechadura esteja emperrada”.

Sobre o rádio e a Internet, Paulo Dante afirmou que ambas se fundem, e assim, pela Internet, o ouvinte pode ter a rádio ao vivo e pode ter a condição de ouvir algumas reportagens já realizadas. “Nos Estados Unidos, as rádios de reportagem trabalham dessa forma. Então, em um determinado caso, se houver uma linha do tempo, é possível ouvir as gravações e acompanhar o caso, e se tivesse perdido ou não acompanhado um detalhe, é possível voltar, ouvir novamente e reacompanhar o caso.

Alex Frutuoso acredita que o principal defeito dos novos jornalistas da região é o fato de que muitos não conhecem a Baixada Santista, apenas a cidade onde residem. Oswaldo Júnior completou, dizendo que é necessário que os jornalistas da Baixada saiba quem são os prefeitos das cidades da região e conheçam as cidades. Explicou que, no projeto que participarão, que começará em breve, na frequência 100,3 FM, terão pelo menos um jornalista em cada cidade da Baixada Santista para trazer as informações locais.

Roberta Ricciopo Pereira falou sobre o trabalho de publicidade dentro da rádio CBN, explicando algumas das dificuldades em conseguir anunciantes para a rádio, citando o perfil das empresas que buscam anunciar no rádio. A publicitária afirmou que é difícil conseguir anunciantes do setor imobiliário, e que empresas do setor automobilístico são algumas das principais anunciantes em rádio.

Notícias no WhatsApp

Segundo Paulo Dante, a rádio é o meio de comunicação que vai poder dar o fim do mundo no momento exato, “e isso eu escuto desde a minha época de jornalismo, por causa da agilidade que a rádio tem. E naquela época, não tínhamos celular. Para fazer um evento fora da rádio eu tinha que pedir para a TELESP uma linha provisória. Então eu pedia, a TELESP ligava a LP e eu conseguia falar na emissora. Mas hoje, com o celular, você ligou, entrou na mesa, tchau e benção”, conta.

Para o jornalista, futuramente teremos grupos de notícias no WhatsApp. Por exemplo, alguém quer acompanhar o Paulo Dante, que faz reportagens investigativas, pelo WhatsApp, geralmente seis notícias diferentes por dia, sobre jornalismo investigativo. Se alguém quiser acompanhá-lo, poderia fazer uma assinatura em um grupo.

“Esse é o futuro que eu prevejo, o mais curto possível, desde que o WhatsApp aumente o número de pessoas que podem ter em um grupo, porque 250 pessoas é muito pouco”.