O Laboratório de Inovação Tecnológica da Universidade Santa Cecília, InovFabLab, transformou-se em um microcampus, para monitorar com sensores os equipamentos do Bloco M.

As dependências da Universidade Santa Cecília estão se transformando em um grande laboratório a céu aberto.  A Internet das Coisas começou a ser implantada no Bloco M, incentivando pesquisas de alunos e professores, com a utilização de tecnologias avançadas.

O chamado Sistema Supervisório prevê inovações, como o reconhecimento facial das pessoas que passam pelo Campus, horários maiores de fluxo, consumo de energia, agendamentos on-line e monitoramento remoto de energia.

O InovFabLab, transformado em um microcampus, vai monitorar com sensores os equipamentos do Bloco M, um dos cinco da Instituição.  Depois, o sistema implantado no InovFabLab será ampliado aos demais Blocos. A Unisanta se insere nas tecnologias Smart Cities – Internet das Coisas, o que vai beneficiar toda a comunidade ceciliana e a cidade de Santos, explica o coordenador desse projeto, o dr. José Roberto Cardoso, assessor acadêmico da Unisanta e licenciado da Politécnica de São Paulo.

Smart Cities e campus universitário

“Não é um projeto que pode ser aplicado de imediato em todo o campus”, explica o professor Cardoso. Entre os objetivos do Campus Conectado estão o de fornecer informações à direção sobre um campus autossustentado, sem desperdícios, também em benefício da comunidade ceciliana, e o de oferecer aos alunos e professores, o que há de mais avançado em tecnologias.

“Novos conceitos de mobilidade, oriundos de pressão da sociedade para se ter um mundo sustentável, resultaram no desenvolvimento de tecnologias que culminaram com o aparecimento da IoT (Internet das Coisas)”, afirma professor, que trouxe o Projeto à Unisanta.

Por mobilidade, no caso, entende-se toda a ampliação que implique a utilização de dispositivos móveis, explica o dr. Cardoso. O Projeto envolverá todos os cursos da Unisanta.

Esta tecnologia concebeu as Smart Cities, tecnologias que inserem qualidade na vida das pessoas e no ambiente. “Vários projetos já foram implementados em cidades dos Emirados Unidos, Cingapura, Shenzhen e vários outros estão em andamento. Espera-se que grandes desenvolvimentos sejam apresentados em 2020 durante a próxima Olimpíada em Tóquio”, antecipa Cardoso.

A gênese dessas tecnologias foi nas universidades.  Os campi universitários passaram a atuar como laboratório de pesquisa de aplicação da IoT na mobilidade.

Nos países citados, o monitoramento de parâmetros da Smart City passou a ser realizado no campus universitário, para validação do processo antes de sua instalação nas cidades. Daí a importância da Unisanta se antecipar à instalação do processo em Santos.

“O que se tem observado nas grandes Smart Cities é que o suporte da universidade gera inovações que são agregadas ao ambiente e estimula jovens inovadores e empreendedores a criar suas startups. Espera-se, em nosso caso, que a cidade de Santos seja estimulada a começar seu processo de se tornar uma Smart City com apoio da Unisanta”, finaliza o dr. José Roberto Cardoso.

Parcerias com empresas

As empresas de TI estão em busca de parceiros que ofereçam um laboratório para testes de suas soluções. O “Campus Conectado” é bem aderente a esses anseios. Na Unisanta, o diretor de Relacionamento e Novos Mercados, Rodrigo Reis Sessa, fará essa ponte da Universidade com os setores produtivos.

Eixos do Campus Conectado

São nove eixos: Governança; Urbanização; Tecnologia de Informação e Comunicação; Saúde e Qualidade de Vida; Mobilidade e Segurança; Meio Ambiente; Indústria e Negócios; Energia; Educação e Cultura. As diretrizes devem estar conectadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável concebido pela ONU que foram aprovadas na Conferência Rio+20.