O projeto foi baseado na utilização da tecnologia de realidade aumentada em aulas práticas na área da saúde. Ele permite, por exemplo, simular procedimentos e técnicas como dissecar um órgão e analisá-lo internamente, entre outras aplicações.

32 alunos de diversas universidades brasileiras foram selecionados para participar do HackLab Fnesp, maratona empreendedora que tem a finalidade de propor soluções inovadoras para problemas do Ensino Superior Brasileiro. O projeto de alunos do quinto ano de Engenharia Química da Universidade Santa Cecília (Unisanta), liderados por Karen Peres Silva,  ficou em segundo lugar e receberá auxílio e suporte técnico de empresas.

O evento foi realizado nos dias 27 e 28/10, no Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), em São Paulo. O grupo de Karen, após 26 horas interruptas de trabalho, recebeu, como premiação, incubar o projeto em um espaço chamado Maker Haciena, com auxílio e suporte técnico de empresas, o que facilitará o processo de inovação.

“Nosso projeto e os das outras equipes eram remodelados diversas vezes para treinar nosso poder de adaptação a novas situações e testar nossa capacidade.  Apesar do cansaço físico e mental estávamos todos felizes e certos de que demos o nosso melhor”, comenta.

Para a inscrição, a aluna teve que enviar um vídeo de um minuto contando sobre sua experiência com inovação e apresentando uma ideia inovadora para a melhoria da qualidade do ensino. No programa desenvolvido por ela, os alunos foram divididos em oito grupos de quatro alunos,  com o objetivo de implementar um novo projeto escolhido por eles.

Realidade aumentada

“O projeto foi baseado na utilização da tecnologia de realidade aumentada em aulas práticas na área da saúde (essa tecnologia é utilizada atualmente para aulas teóricas).  Em nosso projeto, os alunos de anatomia podem simular procedimentos e práticas feitos na vida real, como,  por exemplo: dissecar um órgão com cortes transversais e longitudinais, analisá-lo internamente e fazer anotações em pontos específicos”, diz a estudante.

Após essa etapa, o projeto foi  apresentado para a assistência do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), composta por 700 convidados, entre mantenedores, coordenadores e professores de Instituições de Ensino Superior. A exposição aconteceu durante o maior Fórum de Educação Superior da América Latina, que,  em 2018, está completando 20 anos de existência.

Neste ano, os alunos inscritos criaram soluções aliadas aos desafios da 4ª Revolução Industrial – que são a convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas.

Para a estudante, eventos como o HackLab – Fnesp proporcionam aos alunos ensinamentos e os ajudam a a superar os limites dos participantes, mostrando o que são eles capazes de realizar. “Trabalhar com uma equipe que você acaba de conhecer diante de estresse e alta pressão refina a paciência, a pró atividade, o trabalho em equipe e acima de tudo, a resiliência”.

Karen agradeceu aos docentes de Engenharia Química pelo incentivo durante a preparação do HackLab – Fnesp, assim como no dia do evento. “Gostaria muito de agradecer também à professora Doutoranda Nelize Coelho por me apoiar, incentivar e estar presente comigo no dia do evento. E ao Coordenador de Engenharia Química Dr. Luis Renato Lia por todo apoio e por torcer por mim nessa jornada”.

O HackLab não foi sua primeira experiência

A estudante já participou de outra competição de inovação tecnológica. Sua primeira experiência foi no curso de empreendedorismo realizado pela Inovaacademy, na Unisanta, onde seu grupo ficou em primeiro lugar, com um projeto de plataforma de criação para projetos multidisciplinares. Após o curso, a Universidade apoiou o projeto que está em processo de implementação.

“Agradeço imensamente ao apoio dado pela Direção através das queridas dra. Lúcia Teixeira (presidente) e  da dra. Sílvia Teixeira Penteado (reitora), que torceram imensamente por mim nessas experiências”, finaliza Karen.